Você sabia que crianças podem desenvolver baixa autoestima? Confira alguns indícios que são imprescindíveis e que os adultos precisam ficar atentos para identificar esse sentimento.
A baixa autoestima não está presente apenas na vida dos adultos, mas pode abranger também as crianças e adolescentes. E quando os pequenos não se sentem confiantes, várias áreas podem ser afastadas, como os estudos, amizades e o próprio desenvolvimento infantil.
Segundo a American Academy of Pediatrics, é fundamental que os pais proporcionem novos desafios e incentivem pensamentos positivos ainda na infância, já que isso auxilia na autoconfiança, a lidar com falhas e a persistir nas tarefas que erram.
No entanto, também é preciso ficar atento, pois as manifestações são diferentes em cada idade e fase de desenvolvimento. De acordo com o psicólogo e pedagogo, Deiver de Lima Greboggy, para as crianças de até um ano e meio é difícil observar reações que demonstram problemas de autoestima infantil.
Para o profissional, nessa fase é quase inexistente ou sutil, “visto que elas usam do choro para se expressarem, ainda estão desenvolvendo consciência sobre seu corpo e uma construção sobre si mesmas, que é de responsabilidade dos pais a partir dos cuidados emocionais como carinho, amor e afeto, e dos físicos, como alimentação e higiene”, afirma o psicólogo.
Nas demais fases de crescimento, a educadora parental Telma Abrahão, autora de “Pais que Evoluem”, explica que os responsáveis pela criança precisam prestar máxima atenção, principalmente, para o comportamento, como o choro que aparece em momentos de frustração. Ou também quando ela sempre recusa ou tem medo de brincar com outras crianças.
Nesses momentos, é indispensável que os pais abram espaço para o diálogo e também para a escuta, pergunte os motivos do pequeno estar assim, sempre mantendo o tom de voz calmo.
Por que isso ocorre?
A baixa autoestima infantil, além de estar ligada à repetição das ações dos pais, também está relacionada com a maneira que os pequenos estão sendo ensinados a enfrentar situações ligadas a percepção de seus próprios valores.
E de acordo com Telma Abrahão, existem duas circunstâncias que mais se destacam nesse momento do desenvolvimento, quando a criança é criada por pais superprotetores ou quando eles são extremamente rígidos.
No primeiro, a criança se sente impedida de trabalhar a própria autonomia, além de se sentir incapaz, já que a mensagem passada é a de falta de confiança dos pais. Quando há um controle e autoritarismo extremo, eles consideram apenas o que sentem e pensam, desconsiderando os sentimentos dos pequenos. Assim, acabam apenas punindo os erros, fazendo com que o filho fique inseguro e com medo de falhar.
9 sinais de atenção
Lembre-se que é importante procurar ajuda profissional sempre que necessário e ficar de olho, caso, o filho apresente sinais como:
Preocupação excessiva ou sensível diante de opiniões dos outros;
Desistência após começar algo ao ficar frustrada;
Evitar tarefas desafiadoras sem ao menos tentar;
Não acreditar de que irá conseguir concluir uma tarefa;
Se mostrar inflexível ou controladora, para esconder sentimentos de frustração;
Baixo desempenho escolar ou falta de interesse nas atividades que gostava de fazer;
Mudança constante de humor como, choro, tristeza, explosões de raiva ou silêncio;
Ter menos contato com os amigos;
Fazer comentários autocríticos se colocando para baixo.
Como posso ajudar na autoestima do meu filho?
1. Erros podem ser corrigidos com amor e carinho
Quando for corrigir um erro, é preciso fazer com que a criança entenda a situação.
2. Promovendo a responsabilidade
Para desenvolver autonomia, os pequenos podem participar mais das tarefas de casa.
3. Amor é tudo!
Se sentir amado ajuda no desenvolvimento da autoestima e da importância do carinho.
Além de todas essas dicas, é muito importante ensinar as crianças a lidarem com as frustrações, pois pode contribuir de forma positiva para a autoestima delas. Se na infância uma pessoa for criada com uma auto imagem elevada, será mais fácil lidar com os obstáculos no futuro.